Antes Part. 1

caderno .5

“porque quando todos saem, eu me sinto melhor? porque isso me passa uma paz interior, eu poderia sentir medo, mas apenas me sinto em paz, a casa vazia, na escuridão da noite eu apenas me deito no chão do meu quarto e espero o sono vir, não consigo me igualar as pessoas que me cercam, pensamentos tão iguais e vazios, eu não consigo apenas viver assim, preciso me distanciar…”

   Tudo que escrevo e tão sem sentido para muitos leitores, mas são palavras minhas, eu com meus 24 anos me tornei um dos maiores escritores de pensamentos e de historias de ficção e romance do Brasil, viajei por muitos lugares, e todos me fazem sempre as mesmas perguntas, e eu sempre dou-lhe as mesmas respostas, eu ate poderia pensar em disfarçar meu modo implicado de agir mas não e assim que funciona. Vou contar um pouco sobre minha historia, já que moro no Brasil muitos acham que eu deveria falar de politica e de igualdade social, mas isso e uma coisa particular e não me envolvo muito, apenas sou um telespectador, hoje estou instalado na cidade de belo horizonte, uma cidade com pessoas muito simpáticas mas que se importam com elas mesmas, na maioria das vezes eu vou para o interior onde me sinto mais em paz, onde ponho minhas ideias no papel, eu vivo ainda com meus pais, o fato de eu ser um escritor mundialmente conhecido não muda muita coisa em minha vida, tirando entrevistas e outras coisas eu levo uma vida bem normal. comecei a escrever eu não tinha nem 13 anos, mas coloquei em questão profissional aos meus 19 anos, quando meu primeiro livro tornou um sucesso ” anjos mortais” eu nunca pensei que minha vida mudaria depois desse livro, não digo de questão financeira porque os escritores não são tão valorizados, mas em relação ao modo que as pessoas me vêem, posso dizer que me tornei um tipo de inspiração para os que antes eram vistos como estranhos na sociedade…

“a casa estava vazia novamente, me sentei no sofa e liguei a tv, eram as mesmas noticias, assaltos, mortes, violências, acidentes, eu não suporto mais ouvir tanta crueldade assim, famílias em desespero, crianças perdendo os pais, desliguei a tv e me arraste ate a cozinha e peguei uma garrafa de cerveja, a ultima que restara da festa de domingo, fiquei sentado no chão e olhando para o nada, custei para abrir a garrafa, fiquei esparramado no chão, eu ficava assim na maioria das vezes que meus pais viajavam, eu não estudava nem fazia nada a algum tempo, so escrevia livros e ia a algumas reuniões. Ouvi meu celular tocando, me levantei correndo e fui atender, -oi?- eu conseguia apenas ouvir um respirar de alguém do outro lado, desliguei e verifiquei o numero,não havia numero algum, era confidencial, ignorei, já que era de costume receber ligaçõesguardei a garrafa de cerveja e fui pegar um casaco no armário, estava no inverno, mesmo que o clima do Brasil seja louco, estava incrivelmente frio naquela tarde, abri o armário e reparei ne uma rosa cor azul em cima de uma de minhas calças, eu não me lembro de ter recebido nenhuma rosa de fans naquela semana, mas ela estava intacta, eu a peguei e coloquei em cima da escrivaninha, coloquei um tênis e peguei meu caderno de anotações e sai de casa, fiquei com aquilo na cabeça, e resolvi anotar no caderno “*ligação desconhecida *rosa azul misteriosa , o que poderia mais acontecer neste dia tão estranho”, fiz as anotações e guardei o caderno no bolso do casaco, e comecei a andar ate a um mirante que ficava a algumas quadras da minha casa, ate que senti mais de uma presença na rua deserta.- Ei garoto, perdeu- ja era esperado, um assalto só para variar- eram dois caras de capacete e estavam armados – ninguem nunca me assalto então não sei nem o que fazer,- apenas parei e observei eles, não tive reação pois eu não tinha nada comigo, apenas uma caneta e um caderno, – bom, meus colegas, eu não tenho nada aqui- o mais alto colocou a arma na minha cabeça e ameaçou a atirar, eu fiquei sem reação, no mesmo momento surgiu um carro preto, os dois me segurou pelo braço e continuou com a arma apontada para minha cabeça, comecei a suar frio,  – larga ele ou vão se machucar- uma voz feminina anunciou de dentro do carro, – quem pensa que você e para falar assim?- um dos assaltantes perguntou- do carro desceu uma mulher, parecia de revista em quadrinhos, estava vestida com uma roupa preta e uma capa vermelha, acabei achando que estava ne um dos meus sonhos idiotas depois que acabo de ver algum filme de super heróis, mas estava nítido era uma garota doida de capa e tudo mais, ne um piscar de olhos os caras estavam no chão, senti uma montada na cabeça, e acabei acordando no banco de carona da garota heroína, – o que aconteceu comigo, tenho que ir para casa- ela olhou para mim e sorriu – Vincent , meu amigo,você esta seguro aqui- passei a mão na minha cabeça e tinha sangue, eu assustei,mas o fato dela saber meu nome me assustava mais ainda, quem era essa mulher? – deve esta se perguntando quem sou, bom sou o mesmo que você, um ser que só quer ver as pessoas de outra forma- ela deslizou a mão sobre meu rosto e adormeci…

2 ideias sobre “Antes Part. 1

  1. Catline Jade

    Adorei o texto, realmente intrigante e tão real. Por minutos, acreditei que quem escrevia o texto era realmente um escritor mundialmente famoso. Estou curiosa para saber quem é a misteriosa mulher de capa vermelha. Foi ela que fez a ligação anónima e pôs a rosa azul na casa dele?

    ~Catline
    rapariganoseculo21.wordpress.com

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    1. Nah3 Autor do post

      olha isso você ira descobrir no proximo capitulo, mas de certa forma a mulher de capa vermelha tem sim uma ligação com a rosa e a ligação, e muito obrigada por comentar, fico feliz que esteja gostando, 🙂

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